15 de mar. de 2010

A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen


Amigos(as),
Deem uma espiada, mas bem espiada no texto que segue. É um pequeno pedaço do livro A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen, de Eugen Herrigel (um alemão que vai para o Japão e lá aprende a arte do arco e flecha com um mestre zen). Podemos e devemos, porque não, utilizar estes conceitos em nossa prática esportiva. Apreciem... sem moderação!

" O que nos surpreende na prática do tiro com arco e na de outras artes que cultivam no Japão (e provavelmente também em outros países do Extremo Oriente) é que não tem como objetivo nem resultados práticos, nem aprimoramento do prazer estético, mas exercitar a consciência, com a finalidade de faze-la atingir a realidade última (nirvana). A meta do arqueiro não é apenas atingir o alvo; a espada não é empunhada para derrotar o adversário; o dançarino não dança unicamente com a finalidade de executar movimentos harmoniosos. O que eles pretendem, antes de tudo, é harmonizar o consciente com o inconsciente.
Para ser um autêntico arqueiro, o domínio técnico é insuficiente. É necessário transcendê-lo, de tal maneira que ele se converta numa arte sem arte, emanada do inconsciente.
No tiro com arco, o arqueiro e o alvo deixam de ser entidades opostas, mas uma única e mesma realidade. O arqueiro não está consciente do seu "eu", como alguém que esteja empenhado unicamente em acertar o alvo. Mas esse estado de não consciência só é possível alcançar se o arqueiro estiver desprendido de si próprio, sem, contudo, desprezar a habilidade e o preparo técnico. Dessa maneira o arqueiro consegue um resultado em tudo diferente do que obtem o esportista, e que não pode ser alcançado simplesmente com o estudo metódico e exaustivo."

Um comentário:

  1. excelente matéria e realmente, serve não só para qualquer tipo de esporte que formos praticar mas para toda e qualquer atividade. e viva o tiro ao prato.

    DenisMonteiro:. FGTE

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