25 de mar. de 2010

Por Falar em Meninas...




Essa "tirinha" veio como contribuição da família Cauduro. Obrigado Mauro e Julinho. Tá um amor!!!" Andreia

15 de mar. de 2010


Pessoal, da série de contos zen que podemos usar em nosso esporte, achei esta história. Muito, mas muito interessante. Óbvia e quase impossível de se enxergar com clareza assim como o dedo que colocamos na ponta do nariz.

A Mente e o Arco

"Após ganhar vários torneios de Arco e Flecha, um jovem e arrogante campeão resolveu desafiar um mestre Zen que era renomado pela sua capacidade como arqueiro.O jovem demonstrou grande proficiência técnica quando ele acertou, na primeira flecha lançada, um distante alvo bem na mosca, e ainda foi capaz de dividir a primeira flecha em duas com seu segundo tiro."Sim!", ele exclamou para o velho arqueiro, "Veja se pode fazer isso!" Imperturbável, o mestre não preparou seu arco, mas em vez disso fez sinal para o jovem arqueiro segui-lo para a montanha acima.Curioso sobre o que o velho estava tramando, o campeão seguiu-o para o alto, até que eles alcançaram um profundo abismo atravessado por uma frágil e pouco firme tábua de madeira. Calmamente caminhando sobre a insegura e certamente perigosa ponte, o velho mestre tomou uma larga árvore longínqua como alvo, esticou seu arco, e acertou um claro e direto tiro."Agora é sua vez," ele disse, enquanto suavemente voltava para o solo seguro.Olhando com terror para dentro do abismo negro e aparentemente sem fim, o jovem não pôde forçar a si mesmo caminhar pela prancha, muito menos acertar um alvo de lá."Você tem muita perícia com seu arco," disse o mestre, percebendo a dificuldade de seu desafiante, "mas tem pouco equilíbrio com a mente, que deve nos deixar relaxados para mirar o alvo."(Conto Zen-budista) Publicado no site: O Melhor da Web em 14/06/2009

A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen


Amigos(as),
Deem uma espiada, mas bem espiada no texto que segue. É um pequeno pedaço do livro A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen, de Eugen Herrigel (um alemão que vai para o Japão e lá aprende a arte do arco e flecha com um mestre zen). Podemos e devemos, porque não, utilizar estes conceitos em nossa prática esportiva. Apreciem... sem moderação!

" O que nos surpreende na prática do tiro com arco e na de outras artes que cultivam no Japão (e provavelmente também em outros países do Extremo Oriente) é que não tem como objetivo nem resultados práticos, nem aprimoramento do prazer estético, mas exercitar a consciência, com a finalidade de faze-la atingir a realidade última (nirvana). A meta do arqueiro não é apenas atingir o alvo; a espada não é empunhada para derrotar o adversário; o dançarino não dança unicamente com a finalidade de executar movimentos harmoniosos. O que eles pretendem, antes de tudo, é harmonizar o consciente com o inconsciente.
Para ser um autêntico arqueiro, o domínio técnico é insuficiente. É necessário transcendê-lo, de tal maneira que ele se converta numa arte sem arte, emanada do inconsciente.
No tiro com arco, o arqueiro e o alvo deixam de ser entidades opostas, mas uma única e mesma realidade. O arqueiro não está consciente do seu "eu", como alguém que esteja empenhado unicamente em acertar o alvo. Mas esse estado de não consciência só é possível alcançar se o arqueiro estiver desprendido de si próprio, sem, contudo, desprezar a habilidade e o preparo técnico. Dessa maneira o arqueiro consegue um resultado em tudo diferente do que obtem o esportista, e que não pode ser alcançado simplesmente com o estudo metódico e exaustivo."